quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Uma lição do futebol (da vida)

Desde uns dez anos de idade, gosto muito de futebol. Tanto pelo jogo em si quanto - mais tarde fui descobrir - sobretudo a incrível capacidade desse esporte de sintetizar a própria vida, com suas grandes alegrias e a dramática condição de sempre poder se dar mal, perder, ou até morrer de causa qualquer. E eis que coube ao meu querido SPFC, ontem, dar a lição do dia. Situação: um dos maiores clubes da história deste país flerta com a zona de rebaixamento por mais de dúzia de rodadas. Com técnico novo, logo pareceu que iria se "aprumar". E chegou a hora de jogar com o bicho-papão do campeonato, o líder isolado Cruzeiro. Para complicar, lá no Mineirão, estádio que após reformado para a Copa, nunca vira o rime azul celeste perder. Ah, e eles também não perdiam a 12 jogos! O quadro trágico foi motivo para alguns colegas meus, jornalistas, passarem a semana apontando o meu Tricolor como "zebra" - vê se pode, o glorioso SPFC, uma zebra. Não bastasse, outros tantos chegaram a prognosticar um placar elástico em favor da raposa mineira. Mas como futebol imita a vida e vice-versa, o calvário montado acabou virando palco de um jogo épico, digno do embate Davi e Golias. E, quantas vezes na vida, quando chegamos a pensar não ter energia para mais nada, também do nada surge uma força interior que nos torna invencíveis e capaz de dar várias voltas por cima? Assim, a "zebra" deu dois coices decisivos na raposa, que tudo o que pode fazer foi enfiar sua linda e peluda cauda entre as perninhas. E ouvir o sábio estrategista Muricy Ramalho ensinar na entrevista: "É.. ter confiança é bom, mas o excesso, às vezes, atrapalha.

Frases do escriba: 
Estar por baixo pode ser condição apenas temporária,desde que você passe a agente efetivo da situação. Vide Paulo Henrique Ganso, que desde a saída do Santos, nunca mais havia jogado tanta bola. E o eterno reserva de Ceni, Denis. O rapaz teve rara chance de jogar e provou que pode, sim, ser o substituto do ídolo - ele já admite estar para se aposentar -  com a camisa 1 do São Paulo.

"O menosprezo muitas vezes vira combustível da sua história. Desdenhar alguém é correr o risco de levar vários tapas de luvas de pelica na cara mais para a frente"

"A resposta deve sempre ser a altura, entretanto sem se nivelar por baixo. Faça um teste, passe a tratar bem um desafeto... Depois me contem o esultado.
Paulo Coutinho,
10/out/2013

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