quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Entardecer em Sampa em momento de lazer

  
Essa foto avermelhada acima é do entardecer de São Paulo no último dia de outubro, 18 horas do horário de verão. A imagem mostra uma cena comum em toda a cidade, o trânsito pesado se formando na rua Afonso Braz, na Vila Nossa Conceição, bairro nobre paulistano. Por ali, o que mais se vê é carrão importado de toda parte do mundo. Estive hoje num barzinho dessa rua, bebendo umas cervejinhas com os amigos Alex e Tonico,  camaradas mesmo. Gostei dessa luz de fim de tarde, estava com a máquina e aproveitei para registrar

Abraços,
Paulo Coutinho
31/10/2013

Surpresa em Americanópolis

    Hoje acordei disposto a arrumar um encaminhamento para  meu pai no Instituto Cardiológico Dante Pazzanese. um complexo especializado nessa área, no bairro do Ibirapuera. E como tudo em matéria de serviços públicos é preciso antes saber o "caminho das pedras", apurei que o encaminhamento é feito por médico, em consulta eletiva, na UBS - Unidade Básica de Saúde que atende o CEP onde você mora. No meu caso é a UBS Dr. Geraldo, encostado ao Corpo de Bombeiros do Jabaquara. E quem me deu algumas dessas preciosas informações foi a Erika, uma atendente do AMA americanópolis. Foi uma grata surpresa ser tão bem atendido logo pela manhã por uma funcionária pública de uma área tão criticada pela população quanto a de saúde.

Em resumo, Erika me explicou que as AMAs são Ambulatórios de Pronto Atendimento que atendem em regime de urgência, sem hora marcada, e não tem essa, como nas UBSs, de só atender moradores da área que abrangem, ou seja, o paulistano pode ser atendido em qualquer AMA da cidade, bastando para isso apresentar seu cartão amarelo do SUS e um documento de identidade. Aliás, é muito bom ter esse cartão, também, para poder retirar medicamentos gratuitamente, receitados por médico da rede pública ou particular. Há até algumas farmácias do SUS que fornecem certos medicamentos de alto custo,mas os de uso contínuo, como os para pressão alta, diabetes  e colesterol podem ser facilmente encontrados em qualquer uma elas. Todo mês eu retiro 42 drágeas de omeprazol, para o meu estômago e 60 comprimidos de AAS 100mg, para a circulação. Taí, uma coisa bacana oferecida pela saúde pública, além, claro, de pessoas como a Erika, que faz seu serviço melhor que muita gente que atua na rede privada, dos caros e muitas vezes ineficientes planos de saúde, por exemplo.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A famigerada escada rolante da Ana Rosa

Realmente irritante a falta de escada rolante na estação Ana Rosa do metrô - já falei aqui sobre a famigerada escada, aquela que está lá toda desmontada com placa dizendo estar em manutenção de 21 de outubro até 8 de novembro. A coisa está um caos. É muita gente e muitos degraus para subir a pé da plataforma até a rua. A Cia do Metropolitano está pisando na bola, apesar de sua indiscutível eficiência para transportar milhões de paulistanos todos os dias.

Paulo Coutinho, repórter tupiniquim,de olho neste caso,
30/10/2013

O cartaz prometia conclusão do serviço até 8 de novembro. Passei por lá ontem, dia 10, e continua interditada. Haja pernas

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A fé tupiniquim

Hoje fui ao Santuário de São Judas Tadeu, aqui perto de casa. 28 de outubro é dia do santo. Gosto dessas grandes manifestações populares. Era meio-dia quando sentei no meio-fio da avenida interditada para a missa campal. Fiquei observando a diversidade de pessoas que compunham aquela multidão - a estimativa é de um público de 300 mil fiéis. Voltando as faces das pessoas, observei a mistura étnica. Não que faltem em Sampa terreiros de umbanda e candomblé, mesquitas, sinagogas, templos budistas e inúmeras casas espíritas kardecistas. Mas era ali, aos pés de São Judas Tadeu, que estavam aqueles milhares de brancos, negros, orientais e provavelmente índios, também. E como num recorte de nossa cultura, do que é ser brasileiro, constata-se como aqui tudo se mistura e, pode-se dizer, "dá liga"

Nota: São Judas Tadeu é primo de Jesus Cristo e foi um dos seus 12 apóstolos, nada tendo a ver com o também apóstolo traidor, Judas Iscariotes.

Nota 2: São Judas Tadeu é conhecido como o santo das causas impossíveis. Não à toa é um dos mais cultuados da igreja católica romana, ao lado de Santo Expedito - o das causas urgentes - e de Santa Edwiges, a padroeira dos endividados.

Paulo Coutinho,
28/10/2013

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Sem fazer média, mas sempre atento

 Aqui meu negócio não é fazer média com quem quer que seja. Ontem até dei colher de chá para o metrô e o sr. Alckmin, mesmo porque o duelo imaginário do post anterior começou sendo entre os dois sistemas públicos de saúde daqui, municipal x estadual. E acabei computando um golzinho a mais no final para o Estado por conta da eficiência do metrô.
 Sendo assim, hoje me vejo na obrigação de apontar uma falha inconcebível captada pelo radar tupiniquim na Estação Ana Rosa. Tem uma escada rolante lá toda desmontada desde o dia 21. Um cartazete fixado no tapume da manutenção diz que o serviço se estenderá até 8 de novembro! Puxa, senhor governador, um sistema que transporta milhões todos os dias não dá conta de consertar uma escada rolante em menos de 19 dias? Sei que sois um homem muito ocupado para ver isso pessoalmente, mas mande alguém da sua equipe dar uma olhada no caos que está o desembarque e a subida nas cansativas escadas comuns. O senhor bem sabe que o metrô é usado por idosos e deficientes. Como fica esse pessoal? Outro problema que vejo na Ana Rosa é a falta de elevadores para os preferenciais. O que se observa ali é apenas um sistema aparentemente obsoleto de subir e descer cadeirantes numa plataforma que quando acionada "desliza" junto ao corrimão da escada comum -em curva, por sinal.

 E já que estou falando de acessibilidade na estação Ana Rosa, mando minha bronca também para o prefeito, senhor Fernando Haddad. É o seguinte: ali num dos passeios públicos das imediações do cruzamento da Avenida Domingos de Morais com Rua Rodrigues Alves, há uma placa de trânsito instalada bem à altura dos transeuntes (e olha que não sou nenhum gigante, nos meus 1,70 e pouquinho, mas se não estivesse atento dava com a testa bem de quina na chapa de aço da placa).

registrei o que queria falar, pois tenho frequentado bastante a região, repleta de clínicas e hospitais. E estou sempre de olho, observando tudo para alimentar este meu blog. Faltou a foto, mas logo estarei ilustrando melhor meus textos. Abraços a todos,

Paulo Coutinho, um paulistano observador
25/10/2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Alckmin 4 x 4 Haddad

Num hipotético jogo pela Liga de Serviços Públicos, o embate Saúde Municipal x Saúde Estadual estaria mais ou menos assim: um primeiro tempo de muita gente (nós) embolados no meio de campo de filas e senhas de atendimento. Ambas equipes têm recursos humanos e materiais para vencer a partida. Narrarei mais o segundo tempo, pois até meus primeiros 45 anos de vida, pouco assisti desse jogo, exceto pelas vacinas de praxe, muitas vezes aplicadas na própria escola pública estadual em que frequentei ginásio e colegial - é... sou desse tempo! Hoje fala-se ensino fundamental e ensino médio (esse nono ano  que inventaram era, nos idos anos 1970, chamado de Admissão, ano letivo preparatório para ingressar no primeiro colegial).

Voltando ao assunto, tudo muda, e como adaptar-me a novas realidades passou a ser o meu forte, desde que sofri o AVC em 2005, minha condição financeira também se desintegrou e, prestes a deixar de ter o convênio médico particular, decidi explorar o que há de bom na rede pública - que por sinal não fica atrás de grandes empresas de saúde privadas em termos de tempo de espera para realizar consultas e facilidades para marcar um exame, por exemplo.
 Nesta nova fase de minha vida, o primeiro serviço que utilizei foi uma consulta com clínico geral de um ambulatório da Prefeitura aqui no meu bairro, no Jabaquara. Antes passei pela assistente social, para obter as guias do laudo que logo depois o médico preencheu e assinou. Esse era o procedimento para obter o Bilhete Único Especial - o cartão-passe que permite me deslocar pela cidade de trens, ônibus e metrô, gratuitamente. Gostei do atendimento, 1 x 0 para o time do Haddad. No mesmo ambulatório, procurei informações sobre atendimento odontológico. Lá só havia especialidades de odonto, serviço que mais tarde utilizei - consulta no estomatogista *. Enfim, indicaram-me um ambulatório odontológico na Vila Mariana, de fácil acesso pelo metrô Santa Cruz. 2 x 0 pra Prefeitura pelo bom atendimento e informação precisa. O serviço da Clínica Adyr Amaral Gurgel fez o terceiro gol do Haddad. Fazem o básico lá, pequenas reparações e ênfase na profilaxia - tem uma técnica lá que faz ótima limpeza, dispensando a espátula para raspagem dos dentes e com jateamento de bicarbonato que até clareia bem os dentes. Não espere por próteses , implantes ou coisas mais caras, mas pode contar com atenção à saúde bucal. No meu caso,  me encaminharam para um estomatologista para investigar umas manchinhas brancas na parte interna da bochecha  Detalhe: essa clínica funciona como pronto-socorro diurno. Em caso de dor, é só comparecer com cartão do local e carteirinha do SUS (aquela amarela), que se é atendido com pouca demora.

Ontem, ao precisar de pronto-socorro para o eu pai, que sentia dores no peito, decidimos levá-lo ao hospital mais próximo. E o mais perto de casa é a autarquia hospitalar Municipal Dr. Artur Ribeiro Saboya. A atenção dispensada ao meu pai no atendimento de emergência rendeu o quarto gol para os municipais.

Mas, quando a partida parecia caminhar para uma goleada, eis que a turma do Haddad marcou um gol contra incrível - digno do caso do SAMU de Natal (você que me acompanha nesse blog já eve ter lido meu post a respeito. Enquanto lá faltam macas para as ambulâncias de emergência, no Saboya faltam cadeiras-de-roda. Por orientação da enfermeira, saí eu a procura de uma cadeira para levar meu pai, já de alta, até nosso carro! Ou seja, não bastasse a equipe não providenciar item básico como esse, ainda mandou-mo ir procurar. Quando perguntei ao sétimo ou oitavo segurança onde achar uma cadeira, depois de passar por dentro de enfermarias da emergência do pronto-socorro do imenso hospital, vejo meu pai, de pé, junto de minha mãe. Sem cadeira, fomos caminhando devagarinho até o carro.

O jogo teve reinício hoje, com o placar de 4 x1 para Haddad quando eu e meu pai levamos a minha mãe para exames no Instituto Cardiológico Dante Pazzanese. A excelência desse centro, gerido pelo Estado e cujos alguns serviços eu também utilizei no meu pós-AVC, diminui a diferença no placar 4 x 2. E andando pelo grande complexo do Pazzanese, que teve em seu quadro nomes de renomados cirurgiões, como os Drs. Zerbini e Adib Jatene, fui reparando que em quase todos os corredores havia uma fila de pelo menos meia dúzia de cadeiras-de-rodas à disposição de quem precisasse. O que parece bem razoável num hospital que realiza transplantes e demais procedimentos cardíacos. Por este simples e importante detalhe, ponto para a equipe do Alckmin, placar parcial desta peleja imaginária: Haddad (Prefeitura) 4 x 3 Alckmin (Governo do Estado).

Volto a salientar que trata-se de disputa imaginária, sem o rigor técnico do jornalismo. Nos meus blogs predomina o Paulinho cronista, comentarista do cotidiano e cidadão.

 Senhor Alckmin, não fique triste, pois em matéria de transporte público, o Metrô gerido pelo governo do Estado de SP na Capital, dá de mais de 10 a 0 no capenga sistema de ônibus, ainda mais desorganizado pelo governo de Haddad. O senhor prefeito quer um exemplo? Basta ver os maiores transtornos que benefícios causados pelas famigeradas faixas exclusivas de ônibus. Posso falar porque implantaram esse mostrengo aqui no Jabaquara e testemunhar o flagrante desrespeito por parte de motoristas egocêntricos que teimam em trafegar pela faixa dos ônibus. E correm para sair na frente dos outros lá na frente, na abertura do farol. Nos vinte minutos em que esperava meu ônibus para a estação Conceição do metrô, não passou sequer um ônibus, fiscal da CET, idem. Passaram, sim, quatro carros em alta velocidade. Impossível para mim resistir à tentação de uma investigação jornalística. Já peguei até alguns depoimentos e fiz fotos, pois a ideia inicial era a de fazer um texto só deste assunto. Ainda o farei, pois há vários aspectos que quero abordar, por exemplo, acessibilidade. Só para encerrar e deixar menos triste o titio Alckmin, o resumo aqui é fácil fazer: Quando você desembarca de um ônibus e desce numa escada rolante ou num elevador de uso preferencial (no meu caso), a impressão é que se está entrando em outro mundo, outra cidade. Porque, descontando-se os inevitáveis problemas de uma estrutura que transporta milhões de pessoas diariamente, inclusive domingos e feriados, pode-se dizer que tudo no Metrô funciona melhor.

Consideração final: Não seria mais coerente que houvesse uma sinergia de esforços, inclusive financeiros, entre essas duas esferas da administração pública paulista, em prol da ampliação da malha metroviária paulistana, em detrimento aos investimentos questionáveis e pouco práticos no velho transporte sobre rodas?

     E para ser justo, só pelo fato de manter um metrô de qualidade   para nós, paulistanos,   Alckmin faz mais um gol e empata o jogo: 4 x 4.

* Estomatologista: médico especializado em saúde bucal.


Paulo Coutinho, jornalista em pele de cronista








terça-feira, 22 de outubro de 2013

Acabei de voltar da exposição do Cazuza - Show de Bola

Após escrever o último post, meu amigo Alexander me ligou e surgiu a oportunidade de irmos hoje mesmo à exposição "Cazuza Mostra Sua Cara", no Museu da Língua Portuguesa, aqui em Sampa. Ir num evento desses, de graça, é uma dessas coisas que me enchem de satisfação de viver nesta cidade. Sim, porque o radar tupiniquim faz críticas do que anda mal por aqui, mas também detecta muita coisa boa que há para os paulistanos. E a vida cultural daqui, junto com a gastronomia, são dois motivos de orgulho.

Cazuza faz parte da minha vida, meus bons tempos de estudante de jornalismo na FIAM/FMU. Reviver essa época ao som de Barão Vermelho, conhecendo histórias de seu líder, foi muito emocionante. Tem inclusive videokê, com músicas do poeta para cantar. Até nos banheiros com portas de estúdio, a prova de som, o visitante assiste a vídeos de momentos marcantes do músico, como a apresentação do Barão Vermelho no Rock in Rio de 1985.

 Também estão expostos objetos pessoais de Cazuza, como seu All Star branco de cano alto, pente, escova de dentes etc. Gostei bastante também da sala de vídeo com depoimentos de amigos e parceiros do músico, bem como de antropólogos, filósofos e sociólogos, analisando o papel contestador do jovem Cazuza, em época de plena ditadura militar.

  Enfim, essa exposição é um justo tributo a Cazuza e o pessoal do Museu está de parabéns ao oferecer material tão rico sobre o artista.

Paulo Coutinho, garimpeiro das boas coisas de Sampa,
22/out/2013

Serviço
Exposição  Cazuza Mostra Sua Cara
De 22/10/13 a 23/02/14
O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz - fácil acesso pela estação de metrô do mesmo nome. Informações pelo fone (11) 3322-0080.

Agenor e Angenor - Cazuza e Cartola



Há inúmeros motivos para se ter orgulho de ter nascido nas terras tupiniquins. Um deles, sem dúvidas, é a riqueza de nossa música. São tantos os grandes artistas brasileiros, que impossível seria falar de todos com a pompa e circunstância que merecem esses gênios da poesia e acordes. Dedico este post a dois dos maiores poetas e compositores brasileiros de todos os tempos. Ambos tem históricos que os aproximam, guardadas as devidas diferenças de época vivida e estilos musicais distintos.
     O "gancho" deste texto é o fato de o Museu da Língua Portuguesa - um espaço bem legal que tem aqui em São Paulo, dedicado ao nosso idioma -  inaugurar hoje, dia 22 de outubro, a exposição "Cazuza, Mostra a sua Cara". Até o dia 23 de fevereiro de 2014. O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz - fácil acesso pela estação de metrô do mesmo nome. Informações pelo fone (11) 3322-0080.


Ao resolver fazer esta nota sobre a justíssima homenagem à 

Cazuza, nascido com o nome de Agenor Miranda Araújo Neto, foi 

inevitável lembrar de um outro grande Agenor da música brasileira: 

o inquestionável Cartola, que por um erro cartorial foi registrado 

como Angenor de Oliveira. O primeiro nasceu em 4 de abril de 

1958. Cartola nascera meio século antes, em 11 de outubro de 

1908. Porém, ao estudar as biografias de ambos, consegui 

encontrar coincidências entre os dois, além da genialidade que  

cada qual demonstrou em suas respectivas gerações. Tanto um 

quanto outro tiveram carreiras relativamente curtas. A de Cazuza 

durou não mais que nove anos - de sua estreia no Barão Vermelho, 

em 1982, passando por carreira solo, até sua morte em 7 de julho 

de 1990. Cartola, por sua vez, é caso raro de artista que começou 

tarde. Embora já tivesse composto muitas canções até a década de 

1930, foi apenas aos 66 anos de idade que gravou seu primeiro 

disco.  Era 1974, mesmo ano em que Cazuza passava férias em 

Londres, onde o jovem bebeu direto na fonte de suas principais 

influências musicais, Led Zeppelin, Janis Joplin e Rolling Stones.

Cartola morreu em 1980, aos 72 anos. Cazuza deixou-nos dez anos 

depois, em 1990, com apenas 32 anos de idade.

Outra coincidência entre esses dois monstros sagrados da MPB 

está no fato de que ambos foram impulsionados por tragédias 

pessoais para ter uma profícua fase criativa no final de suas vidas. 

Enquanto Cazuza enfrentava a AIDS compondo alguns de seus 

maiores sucessos, Cartola teria entrado em fase depressiva tão 

profunda ao deixar a Mangueira por desentendimentos e perder a 

esposa Deolinda, que simplesmente sumiu durante a década de 

1940. Foi encontrado somente em 1956, pelo jornalista Sergio 

Porto, responsável por sua recolocação na cena musical. Porto o 

encontrou trabalhando como lavador de automóveis. A partir de 

sua volta, Cartola contou com o apoio de grandes nomes da música 


para a gravação de seu primeiro disco. Entre eles, Paulinho da 

Viola, Elizeth Cardoso, Clara Nunes e Beth Carvalho.

E como Deus é justo, além de brasileiro, ficou para a posteridade 

registros de um jovem Cazuza interpretando um dos maiores 

sucessos do mestre, "quase xará", Angenor. Clique no link para 

escutar "O Mundo é Um Moinho", de Cartola, na voz de Cazuza.


Reparem como trata-se de letra que podia muito bem ter sido 

escrita por Cazuza - tamanha a sensibilidade e veia poética que 

aproxima esses dois ícones da música brasileira.




Cazuza interpretando "O Mundo é um Moinho", de Cartola, nesse  vídeo:
>>>>http://www.youtube.com/watch?v=VxGr9LFtg3o

 Maior Abandonado, grande sucesso de Cazuza, ouça:

http://www.youtube.com/watch?v=hh4HWgPfdvw


"As Rosas Não Falam", das mais lindas de Cartola, em sua voz:

http://www.youtube.com/watch?v=te2HfDsXcXs



Curiosidades: 

-  Em seu currículo, Cartola aparece como nada menos que um dos fundadores da escola de samba Mangueira, junto com Carlos Cachaça e outros sambista do morro, até então uma pequena favela. Esse grupo, em 1928, fundou o Bloco Arengueiros, que mais tarde originou a tradicional Estação Primeira de Mangueira.

- Também foi de Cartola a escolha das cores da escola, verde e rosa. Tais cores seriam em alusão ao Rancho dos Arrepiados, do bairro carioca das Laranjeiras, onde morou, até dificuldades financeiras levarem sua família a mudar para a Mangueira, onde Cartola entrou definitivamente para o mundo da malandragem e do samba fluminense.

- Cartola compôs "O Mundo é Um Moinho" inspirado numa filha adotiva sua que então enfrentava problemas químicos.




Paulo Coutinho, cronista tupiniquim,
22/out/2013



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Catástrofes naturais

Chamou a atenção do radar tupiniquim reportagem sobre os atingidos pelos deslizamentos de terra causadas pelas fortes chuvas na região serrana fluminense, durante o verão de 2011. As cenas era de moradores voltando a construir suas casas em meio a escombros. Alegavam as vítimas que as casas a elas prometidas na ocasião pelas autoridades competentes, ficaram só nisso, na promessa. E assim, voltam a erguer suas moradias nos mesmos lugares suscetíveis aos deslizamentos e soterramentos. Com a força da natureza não se brinca, parece ser a lição que ainda não aprendemos.

Relacionemos aqui, neste único exemplo, quanta coisa errada:

- Para começar, a responsabilidade da fiscalização do uso do solo costuma ser das prefeituras municipais. As mil mortes da ocasião não valeram ao menos maiores esforços dos responsáveis pela prevenção dos efeitos das efemérides climáticas. Ora, se é área proibida para se construir, que se cumpra a lei.

- Em segundo lugar, aproveitar esses momentos trágicos, de comoção, para fazer promessas que não serão cumpridas, cheira a populismo barato.

- A seguir pergunto: Já que não se pode simplesmente impedir que ocorram tempestades, o que há em termos de planos de emergência e previsão mais precisa possível de possíveis tragédias climáticas?

-  A indagação acima se deve ao fato de hoje haver tecnologia para prever eventos climáticos com certa antecedência, bem como sistemas de evacuação de áreas e modelos de planos esquematizados das Defesas Civis locais, para localização e resgate de vítimas, assim como de abrigo aos desabrigados. É o caso de conhecer e importar boas práticas de prevenção e contigenciamento dos efeitos das catástrofes climáticas. Países com tradição em desastres ambientais, como o Estados Unidos, por seus tremores de terra e também frequentes tornados e enchentes por eles provocados. Como os japoneses, com seus habituais terremotos acompanhados de tsunamis, tem, certamente, muito a nos ensinar. Quem sabe, assim, teríamos verões com menos mortes das mesmas causas. Enquanto isso, tudo indica que tudo continuará na mesma em terras tupiniquins.

Paulo Coutinho,
17/out/2013

Diferenças regionais e as macas do SAMU

Situações absurdas são muito comuns na gestão dos serviços públicos de saúde. Um exemplo emblemático disso é a realidade vivida pelos habitantes de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Lá, como em muitos lugares do país existe o SAMU - Serviço Médico de Urgência. O SAMU dispõe de ambulâncias equipadas para prestar os primeiros socorros e transferir o paciente para um Pronto Socorro mais próximo. Mas, em Natal, o serviço está prejudicado por curioso e inadmissível motivo: faltam macas! Vê se pode uma coisa dessas. A alegação é que as macas das ambulâncias acabam ficando nos PSs, junto com os pacientes removidos. E isso porque os pronto socorros e hospitais públicos, também lá, não há macas para transferir pacientes das macas das unidades do SAMU para as suas próprias, até que hajam leitos e serviços disponíveis para atendimento. E tudo isso em se tratando de pacientes em quadros de urgência e emergência!

Salta aos olhos as diferenças regionais que ainda persistem no país. Aqui onde moro, em São Paulo, posso atestar que funciona, pois já acionei o serviço pelo telefone 192. Como também costuma vir rápido o resgate do Corpo de Bombeiros - também com viaturas bem equipadas e acionado pelo telefone 193.

Por fim. Vergonhosa a inércia dos governantes potiguares que assistem a ambulâncias paradas na central do SAMU por falta de macas! Puxa, pior para a Dona Maria, 67 anos, que faleceu na quinta-feira, supostamente pela falta de uma mísera maca na capital do Rio Grande do Norte. Pronto, falei.

Paulo Coutinho,
17/out/2013



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O efeito Marina

Marina Silva se mostra muito segura de ter tomado a decisão certa ao se filiar no último minuto do prazo que permite concorrer às eleições de 2014. Vi Marina pela TV explicar ao Jô Soares que a princípio não tinha plano B para o caso de não conseguir registrar seu partido, a Rede de Sustentabilidade, barrado na Justiça por supostas irregularidades no processo de coleta de assinaturas para a criação do mesmo. A ex-senadora falou das horas de angústia que precederam a decisão final de se filiar ao PSB. Disse ela que a opção que se apresentava era a filiação ao PPS - uma via mais pragmática para usufruir de seu cacife eleitoral de mais de 20 milhões de votos já no próximo pleito. Em vez disso, Marina disse ter optado por uma aliança programática, com o PSB. Ela acredita ser possível construir um programa comum entre sua rede e os socialistas. Marina deixou claro que o seu objetivo é fundar a Rede e sua união ao PSB é uma forma de, enquanto isso, não se furtar de estar em cena para discutir os grandes temas nacionais.

O surpreendente lance de Marina Silva mexeu no tabuleiro do xadrez sucessório. Dilma aparece ainda relativamente tranquila no topo das pesquisas. Preocupado deve ter ficado sr. Aécio Neves, o mais forte opositor, até o recente anúncio de Marina. O fato é que a paraense mexeu no cenário a ponto do PSDB de Aécio já estar cogitando um plano B. Colocar José Serra no páreo. Será?

O que parece indiscutível é que Eduardo Campos só tem a ganhar com a chegada de Marina a sua até então candidatura solo. À Marina, esta união ao menos lhe garante exposição e voz para o que parece ser seu verdadeiro objetivo:  chegar ao Planalto em 2018, com sua Rede.

Boa sorte Marina. Gosto dela, por sua humildade, determinação e postura. O Brasil só tem a ganhar com gente assim na política.

Paulo Coutinho,
16/out.2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia dos Professores

O Brasil vem pagando, já há alguns anos, o preço de ter desleixado com a educação de seus jovens. Inevitável lembrar-me dos meus tempos de ginásio e colegial, na Escola Estadual Prof. Alberto Levy. Corriam os anos 70 do século passado - período pesado de um regime militar barra pesada. Mas, a bem da verdade, posso afirmar porque vivi esse tempo: O ensino bom era o público. Ia para as particulares quem não conseguia vaga numa boa pública. No Alberto Levy, tínhamos laboratórios equipados, fazíamos experiências de química e biologia - lembro que uma das aulas de laboratório foi dissecar o cérebro de um boi para análise. Lembro também dos fumegantes e coloridos tubos de ensaio, em que misturávamos substâncias e observávamos as reações. Bons tempos, mas parece que sou da última geração que ainda pegou um bom ensino público. Porque de lá para cá a coisa só degringolou.

Hoje, por exemplo,de acordo com estudo publicado pelo O Estado de S. Paulo, o professor paulista ganha, em média, R$ 1.780,00 mensais. O governo do estado rebate a informação e afirma que professor de sua rede recebe R$ 2,088,00 mensais,por uma jornada de 40 horas semanais. A Câmara Municipal de São Paulo também aprovou aumento para os professores da rede municipal. A decisão aumenta o atual salário de R$ 2,292,17 para R$ 2.600,00 para o profissional de nível superior e jornada de 40 horas/semanais.

Engana-se quem acha que o panorama é melhor para os professores da rede particular. Está lá no site da Sinpro SP: Piso para professor de educação infantil, R$ 872,15 mensais. Para o profissional até 5º ano do ensino fundamental, o piso é de R$ 974,57. Em ambos casos para jornadas de 22 horas/semanais.

A remuneração de professor para ensino técnico é igualmente irrisória, pela tabela do Sinpro: apenas R$ 12,20 hora/aula.

Vendo esses salários percebemos o quanto a educação é desvalorizada no país. Apesar dos pesares, feliz Dia dos Professores aos abnegados mestres, que se superam pela vocação e dom de ensinar.

Paulo Coutinho,
15/out/2013

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Uma lição do futebol (da vida)

Desde uns dez anos de idade, gosto muito de futebol. Tanto pelo jogo em si quanto - mais tarde fui descobrir - sobretudo a incrível capacidade desse esporte de sintetizar a própria vida, com suas grandes alegrias e a dramática condição de sempre poder se dar mal, perder, ou até morrer de causa qualquer. E eis que coube ao meu querido SPFC, ontem, dar a lição do dia. Situação: um dos maiores clubes da história deste país flerta com a zona de rebaixamento por mais de dúzia de rodadas. Com técnico novo, logo pareceu que iria se "aprumar". E chegou a hora de jogar com o bicho-papão do campeonato, o líder isolado Cruzeiro. Para complicar, lá no Mineirão, estádio que após reformado para a Copa, nunca vira o rime azul celeste perder. Ah, e eles também não perdiam a 12 jogos! O quadro trágico foi motivo para alguns colegas meus, jornalistas, passarem a semana apontando o meu Tricolor como "zebra" - vê se pode, o glorioso SPFC, uma zebra. Não bastasse, outros tantos chegaram a prognosticar um placar elástico em favor da raposa mineira. Mas como futebol imita a vida e vice-versa, o calvário montado acabou virando palco de um jogo épico, digno do embate Davi e Golias. E, quantas vezes na vida, quando chegamos a pensar não ter energia para mais nada, também do nada surge uma força interior que nos torna invencíveis e capaz de dar várias voltas por cima? Assim, a "zebra" deu dois coices decisivos na raposa, que tudo o que pode fazer foi enfiar sua linda e peluda cauda entre as perninhas. E ouvir o sábio estrategista Muricy Ramalho ensinar na entrevista: "É.. ter confiança é bom, mas o excesso, às vezes, atrapalha.

Frases do escriba: 
Estar por baixo pode ser condição apenas temporária,desde que você passe a agente efetivo da situação. Vide Paulo Henrique Ganso, que desde a saída do Santos, nunca mais havia jogado tanta bola. E o eterno reserva de Ceni, Denis. O rapaz teve rara chance de jogar e provou que pode, sim, ser o substituto do ídolo - ele já admite estar para se aposentar -  com a camisa 1 do São Paulo.

"O menosprezo muitas vezes vira combustível da sua história. Desdenhar alguém é correr o risco de levar vários tapas de luvas de pelica na cara mais para a frente"

"A resposta deve sempre ser a altura, entretanto sem se nivelar por baixo. Faça um teste, passe a tratar bem um desafeto... Depois me contem o esultado.
Paulo Coutinho,
10/out/2013

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Afinal, o que eles querem? Só quebrar?

É mesmo de se lamentar as cenas de violência vistas ontem nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Lamentável não só pelo show de destruição de bens públicos e privados mas, principalmente, porque mancha irremediavelmente todo o caráter cívico e democrático do início das manifestações populares que trouxeram algo de novo no cenário nacional há dois ou três meses. 
   
   Ao perder seu caráter pacífico reivindicatório, tais movimentos debandaram para a violência ou deixaram-se infiltrar por grupos radicais, cujos membros sequer mostram seus rostos.

   Numa abordagem sócio-antropológico pode-se atribuir tanto ódio ao nosso longo histórico de exploração dos mais pobres pelos mais ricos. Não à-toa, o alvo preferencial dos raivosos se concentra em grandes corporações - bancos e multinacionais e também em prédios públicos de governos que,historicamente, também nunca foram de fazer o bastante por seu povo.

   Tudo bem, mas daí prejudicar milhões de outros habitantes da cidade já é demais. Façamos a conta: para uma gigante como a Vivo, substituir mil, 10 mil, um milhão de orelhões destruídos, é fichinha. Pior para o cidadão necessitado urgentemente de fazer um telefonema e, se não tiver um celular, tudo que encontrará serão aparelhos danificados por tais ações nada inteligentes.

     Sim, porque no estágio que vivemos, tal estratégia é burra e explico porque.
    No início das manifestações pelo país, tais ações eram apoiadas por índices de até 80, 90% da população. Será que os "guerrilheiros do caos" não percebem que ao agir do jeito que agem só fazem provocar a antipatia dos que acabam sendo prejudicados por causa dos ônibus queimados, agências bancárias fechadas etc e tal.

    A verdade é que as manifestações surgiram como uma lufada de ar fresco, uma esperança de mudanças positivas para o país. Só que a coisa desandou e, mais do que certo é que, sem o apoio e a participação popular, tais movimentos estão, infelizmente, fadados ao fracasso e ao esquecimento. Talvez sejam lembrados, no futuro, como uma oportunidade perdida para a discussão dos grandes temas nacionais ou pelas cenas deploráveis registradas.

  Até em contraponto a recente post meu aqui, em que eu criticava a truculência policial contra professores manifestantes no Rio de Janeiro, fecho a questão: Sou contra violência de qualquer lado que venha. Pois ela só gerará mais e mais violência, como diz o velho ditado popular. Do mesmo jeito que policiais não podem, nem devem bater em professores e demais manifestantes, estes deveriam pensar duas, três ou mais vezes antes de destruir e atear fogo a viaturas policiais. Será que essa gente não sabe que as viaturas destruídas, assim como ônibus e estações de Metrô serão repostas e pagas com o nosso suado dinheirinho arrecadado em diversos impostos, taxas e contribuições que todo cidadão tem de pagar?

Já que o homem foi dotado de inteligência, compreensão e capacidade de falar e se expressar, por que não utilizar o diálogo e a mesa de discussões para resolver os problemas?
   Mesmo porque, pelo o que eu saiba, grupos que pregam o quebra-quebra, até hoje não apresentaram sequer uma lista de suas reivindicações. O que querem,afinal, além de sair pela cidade destruindo tudo que encontram pela frente?

Paulo Coutinho,
08/out/2013

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Mobilidade Urbana - Carta ao senhor prefeito Haddad

Carta ao senhor Fernando Haddad


Senhor prefeito, todos sabem a quantidade e grandiosidade dos problemas desta nossa gigantesca cidade. Vou me deter em apenas um desses desafios. Quero vos falar sobre mobilidade urbana. Tenho sequelas de um AVC, o que não me impedem de usar o transporte público e andar pela cidade, também como pedestre. E posso assegurar-vos que eu poderia exercer esse meu direito de ir e vir com muito mais conforto e segurança se a administração pública - da qual o senhor é representante máximo na cidade - tivesse maior preocupação e ação para assegurar mobilidade para todos.
Caso tenha interesse por exemplos, narro uma situação ocorrida ontem comigo, em outro blog meu:
www.umacidenteemminhavida.blogspot.com.br

Desejo-vos boa sorte, senhor Haddad... e um olhar mais agudo para os portadores de necessidades especiais, bem como para com todos moradores desta nossa cidade.

Paulo Coutinho
4/out/2013



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Rompendo a marca dos 1000 acessos

Estou contente. Os acessos dos meus três blogs romperam a marca dos mil nesta tarde. Segundo levantamento feito agora, o blog do AVC é o mais acessado - 698 vezes. A soma do trio resultou em 1.039 acessos. Muito obrigado a todos que me ajudaram a atingir esta marca. Isto me incentiva a continuar escrevendo mais e melhor.

Abraços,
Pulo Coutinho
2/out/2013

Continuem acessando, por favor:

>>>www.umacidenteemminhavida.blogspot.com.br

>>>>www.noticiastupiniquins.blogspot.com.br

>>>www.amigodasdonasdecasa.blogspot.com.br

O dia em que os States tupinicaram

Coisa típica de Brasil...os políticos enrolam, se deixam se levar por outros interesses que não os do seu povo e este, sim, é que sempre paga o pato. Os norte-americanos estão passando por isto agora, com diversos serviços públicos simplesmente paralisados por conta de um impasse no Parlamento referente ao orçamento federal. Até a Estátua da Liberdade foi fechada para a visitação. Lá o tal do seguro de saúde do Obama parece ser um dos pivôs da discussão, mas o resultado certo é aquele a que já estamos acostumados a ver por aqui. O povo é o que sempre acaba prejudicado.



Paulo Coutinho
2/out/2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Nem tudo é ruim

Relendo minha última postagem, achei por bem fazer este adendo, até para que não fiquem pensando que sou totalmente do contra. Explicando: minhas críticas ao ensino público se concentram na aprendizagem básica, pois não é concebível que um aluno chegue às portas o ensino médio sem ter adquirido - sim, adquirido, pois ninguém nasce sabendo - a competência de ler e interpretar - porque leem até leem, porém sem entender o significado daquilo.
Destino desses estudantes? Escrever receita de miojo na prova de redação da Fuvest, ou coisa pior, parece lhes reservar o futuro.
Com a mesma imparcialidade, falando tão-somente o que é e ponto, reconheço os inúmeros centros de excelência que temos por esse Brasilzão afora, em sua maioria universidades federais, além das estaduais como a USP e a UNESP, aqui da minha terra.
Enfim, o que parece faltar mesmo ao Brasil nesta área, é um salto de qualidade na base e maior investimento na capacitação de nível técnico - ou corremos o risco de dona Dilma inventar um programa como o dos Médicos, para trazer chinezinhos para ajudar na extração do óleo do pré-sal.

Paulo Coutinho
1º/out/2013