quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Catástrofes naturais

Chamou a atenção do radar tupiniquim reportagem sobre os atingidos pelos deslizamentos de terra causadas pelas fortes chuvas na região serrana fluminense, durante o verão de 2011. As cenas era de moradores voltando a construir suas casas em meio a escombros. Alegavam as vítimas que as casas a elas prometidas na ocasião pelas autoridades competentes, ficaram só nisso, na promessa. E assim, voltam a erguer suas moradias nos mesmos lugares suscetíveis aos deslizamentos e soterramentos. Com a força da natureza não se brinca, parece ser a lição que ainda não aprendemos.

Relacionemos aqui, neste único exemplo, quanta coisa errada:

- Para começar, a responsabilidade da fiscalização do uso do solo costuma ser das prefeituras municipais. As mil mortes da ocasião não valeram ao menos maiores esforços dos responsáveis pela prevenção dos efeitos das efemérides climáticas. Ora, se é área proibida para se construir, que se cumpra a lei.

- Em segundo lugar, aproveitar esses momentos trágicos, de comoção, para fazer promessas que não serão cumpridas, cheira a populismo barato.

- A seguir pergunto: Já que não se pode simplesmente impedir que ocorram tempestades, o que há em termos de planos de emergência e previsão mais precisa possível de possíveis tragédias climáticas?

-  A indagação acima se deve ao fato de hoje haver tecnologia para prever eventos climáticos com certa antecedência, bem como sistemas de evacuação de áreas e modelos de planos esquematizados das Defesas Civis locais, para localização e resgate de vítimas, assim como de abrigo aos desabrigados. É o caso de conhecer e importar boas práticas de prevenção e contigenciamento dos efeitos das catástrofes climáticas. Países com tradição em desastres ambientais, como o Estados Unidos, por seus tremores de terra e também frequentes tornados e enchentes por eles provocados. Como os japoneses, com seus habituais terremotos acompanhados de tsunamis, tem, certamente, muito a nos ensinar. Quem sabe, assim, teríamos verões com menos mortes das mesmas causas. Enquanto isso, tudo indica que tudo continuará na mesma em terras tupiniquins.

Paulo Coutinho,
17/out/2013

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