quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Diferenças regionais e as macas do SAMU

Situações absurdas são muito comuns na gestão dos serviços públicos de saúde. Um exemplo emblemático disso é a realidade vivida pelos habitantes de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Lá, como em muitos lugares do país existe o SAMU - Serviço Médico de Urgência. O SAMU dispõe de ambulâncias equipadas para prestar os primeiros socorros e transferir o paciente para um Pronto Socorro mais próximo. Mas, em Natal, o serviço está prejudicado por curioso e inadmissível motivo: faltam macas! Vê se pode uma coisa dessas. A alegação é que as macas das ambulâncias acabam ficando nos PSs, junto com os pacientes removidos. E isso porque os pronto socorros e hospitais públicos, também lá, não há macas para transferir pacientes das macas das unidades do SAMU para as suas próprias, até que hajam leitos e serviços disponíveis para atendimento. E tudo isso em se tratando de pacientes em quadros de urgência e emergência!

Salta aos olhos as diferenças regionais que ainda persistem no país. Aqui onde moro, em São Paulo, posso atestar que funciona, pois já acionei o serviço pelo telefone 192. Como também costuma vir rápido o resgate do Corpo de Bombeiros - também com viaturas bem equipadas e acionado pelo telefone 193.

Por fim. Vergonhosa a inércia dos governantes potiguares que assistem a ambulâncias paradas na central do SAMU por falta de macas! Puxa, pior para a Dona Maria, 67 anos, que faleceu na quinta-feira, supostamente pela falta de uma mísera maca na capital do Rio Grande do Norte. Pronto, falei.

Paulo Coutinho,
17/out/2013



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