Há mesmo coisas difíceis de entender no país Tupiniquim. Vendo pela TV a colossal enchente que transformou o entorno do estádio do Maracanã (RJ), numa grande lagoa, pensei com meus botões: Como é que pode, botões, eu era criança, faz tempo, hein, e lembro de já ter visto aquilo tudo inundado. Ponto tradicional nas enchentes cariocas, o problema se agrava com o transbordamento do rio Maracanã. Ou seja, há 30 ou 40 anos já enchia de água ali. De lá para cá derrubaram um templo do futebol mundial, o velho Maraca de 1950, gastaram-se mais de R$ 1 bilhão para erguer outro estádio para a Copa de 2014, mas não houve tempo ou dinheiro, para por em prática um plano, mínimo que fosse, de obras para o escoamento de toda essa água que costuma empoçar em numerosos pontos da cidade do Rio de Janeiro, sobretudo nesta época do ano. Agora se for para inovar, perante todo planeta, que se façam as Olimpíadas em dezembro de 2016. Já pensou, uma final valendo ouro no remo, com linha de chegada bem em frente ao portão do Maracanã. Modelo para os Jogos em países não tão desenvolvidos como o nosso Tupiniquim. Investimentos em raias olímpicas de canoagem? Para quê? Melhor um hospital "padrão FIFA". Só, que para isso, é preciso que chova, mas vivemos nos trópicos, isso é fácil.
Paulo Coutinho,
13/dez/2013
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