Eles andaram meio sumidos nos últimos dias, mas quem é vivo sempre aparece, principalmente em data especial como Natal. E, se tem polêmica, a discussão é certa.
Encontrei Tupiniqueas ali perto da rodoviária do Jabaquara - muito cheia, por sinal, como sempre quando muitos resolvem viajar ao mesmo tempo -, estava com um sorriso estampado no rosto e, assim que me avistou, veio dar-me um abraço de feliz natal. Feliz natal pra você também, Queas! E, por que tanta felicidade, profeta?
- Caro repórter, gosto desta época do ano. Não é que as pessoas fiquem tão melhores do que são no restante do ano. Mas vejo uma predisposição no ar para desejar o bem a todos. Resumindo: clima de Natal é bom!
Não havíamos reparado que o senhor, há tempos fingindo estar falando ao telefone público atrás do banco que estávamos sentados. Isso mesmo, o senhor era Tupiniquincas, que tudo ouviu e também quis dar sua opinião, obviamente contrária a de Queas.
Olá caros amigos, disse-nos Quincas já sentado no banco ao nosso lado. Diga lá, indagou Queas.
- Não gosto muito dessa época do ano. olhai ao redor, é só falsidade por todo lado, sinto hipocrisia no ar. Hipocrisia e comércio, é claro, como vivo sem dinheiro, como vocês dois, aliás, até parece que o natal não nos pertence. Está tudo mudado e, muita coisa, para pior. O espírito natalino, por exemplo, pra mim já não é o mesmo há muito tempo, dando lugar a um consumismo desenfreado sem sentido. Por isso não gosto desta época, arrematou Tupiniquincas.
No papel de mediador do embate, ponderei que ambos tinham razão. E nós três fechamos este texto desejando aos nossos leitores um Feliz Natal. Com paz de espírito e amor no coração.
PS: Augusto já avisou que vai mandar seu poema de Natal. Posto amanhã, dia 24.
Paulo Coutinho, Tupiniqueas e Tupiniquincas,
23/dez/2013
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