domingo, 1 de dezembro de 2013

Cercar vão do MASP, uma ideia de jerico

Acompanho a grande mídia mais por ofício e costume. Desde formado, em 1986, foram raríssimos os dias que passei sem ler jornal algum - a exceções como estar numa paradisíaca e longínqua praia do Ceará, por exemplo, sem acesso fácil a gasolina, quanto mais jornais. O fato é que aos domingos, em casa, costumo ler inteira a Folha de S. Paulo. Olhar crítico e pouco condescendente, constato como um jornal desse tamanho é irregular. Coisas no mínimo estranhas são comuns de serem encontradas, também na televisão e mídia em geral. Hoje, por exemplo, li um editorial sobre o MASP que me fez voltar a capa para checar a data do jornal. Mas tinha eu a certeza de que era 1º de dezembro e, não, 1º de abril. Vamos ao fato: O texto trata de rumores sobre um possível cercamento do vão do MASP com grades de ferro - medida que, só na cabeça de quem teve a ideia e dos que a passam adiante, combateria o uso do local como abrigo de moradores de rua, bem como ponto de usuários de drogas. Ou seja, uma ideia, por si só, esdrúxula. E como disse acima trata-se de rumores com vários motivos para não vingar, como bem enumerava o próprio editorial. Como, simplesmente gradear uma área pública tombada por órgãos do patrimônio Municipal, Estadual e Federal? Desfigurar uma área pensada por sua criadora, Lina Bo Bardi como espaço de lazer, cultural e de brincadeiras para as crianças sob o sol da manhã e da tarde? Definitivamente, de tão estapafúrdios, tais rumores nem mereciam ser ventilados, posto serem descabidos. Ou 1º de abril chegou quatro meses antes?

Paulo Coutinho, repórter tupiniquim,
1º/dez/2013

Um comentário:

  1. Nota do Autor: Quem tem ideia dessas não conhece bulhufas da história de SP. Pois aonde está hoje o MASP fora outrora um outro cartão postal, esse da Av. Paulista das antigas, o Belvedere Trianon. Farei um post sobre o Belvedere Trianon, pois a história é de interesse.

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